American lived over 70 years inside a medical device designed to assist polio patients’ breathing, overcoming with immunization, mechanical legs, vaccine doses.
Na última segunda-feira, 11, o renomado Paul Alexander, famoso pelo apelido de homem do ‘pulmão de aço’, nos deixou aos 78 anos. A notícia do seu falecimento foi compartilhada por seu irmão, Philip Alexander, através de uma publicação no Facebook. Paul enfrentou a poliomielite aos 6 anos de idade, em 1952, marcando assim sua jornada com o pulmão de aço.
Paul Alexander tornou-se uma inspiração para muitos por demonstrar coragem e determinação ao conviver com o dispositivo médico artificial por tantos anos. Sua história reforça a importância da superação e do apoio da família durante desafios como a poliomielite. Sua memória será eternizada não apenas pelo seu apelido de homem do ‘pulmão de aço’, mas também por sua força de vontade extraordinária.
O pulmão de aço e a superação de Paul Alexander
Em decorrência da doença, ele ficou paralisado e precisava de um aparelho que funcionava como um ‘pulmão artificial’ para respirar. Paul passou 72 anos dentro do pulmão de aço e se tornou um exemplo de superação para muitos.
Apesar das dificuldades, o americano se tornou advogado, escreveu um livro sobre a sua história e, ocasionalmente, compartilhava vídeos nas redes sociais, onde soma mais de 300 mil seguidores. Paul Alexander, conhecido como homem do ‘pulmão de aço’ Foto: Tiktok ironlungman
Dispositivo médico artificial: o pulmão de aço
O pulmão de aço é um dispositivo médico criado para possibilitar a respiração de pacientes infectados com o vírus da pólio e tiveram a musculatura pulmonar afetada.
Foto: JASON WINTER/Adobe Stock O que é o pulmão de aço? Trata-se de um um dispositivo médico criado por docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em 1928.
A ideia era possibilitar a respiração de pacientes com pólio cuja musculatura pulmonar foi afetada pela doença e, por isso, não conseguiam respirar sozinhos. A tecnologia funciona de forma semelhante a um vácuo.
A partir de um motor é liberada pressão sob o corpo do paciente para forçar a entrada e saída de ar dos pulmões, enquanto a cabeça fica para fora, de acordo com matéria publicada no site de Harvard. Levi destaca, contudo, que nem todos os pacientes infectados com pólio precisam dessa ferramenta. ‘A gravidade da doença varia de pessoa para pessoa’, justifica.
A importância da imunização contra a pólio
De acordo com a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), trata-se de um vírus facilmente transmissível que afeta principalmente as crianças e pode causar paralisias musculares, mais comumente nos membros inferiores do corpo, e até a morte. A pólio não tem cura e a única forma de prevenção contra a doença é a vacinação.
O legado da vacinação contra a poliomielite
Devido à imunização em massa, segundo a pediatra, foi possível eliminar a pólio no Brasil. ‘Entre as décadas de 1950 e 1980 era comum ver crianças com pernas mecânicas e pessoas respirando a partir de ‘pulmões de aço’ em decorrência da doença’, conta a especialista. Isso não significa, contudo, que a vacinação não é mais necessária — muito pelo contrário.
O vírus da pólio ainda está em circulação em outros países e, segundo Levi, há risco de retorno ao Brasil. ‘A procura pela vacinação está baixa. Eu acredito que isso acontece porque os pais mais jovens não viram os estragos da doença, já que sua geração foi vacinada. Mas, não é hora de baixar a guarda’, alerta.
Fonte: @ Estadão
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